UFRGS destaca pesquisa de José Angelo Zuanazzi que gerou primeira patente exclusiva da instituição

UFRGS destaca pesquisa de José Angelo Zuanazzi que gerou primeira patente exclusiva da instituição

Ao comemorar 85 anos, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, selecionou 85 pesquisas de impacto realizadas pelos quadros da instituição. Entre elas está a primeira patente obtida com trabalho feito exclusivamente na UFRGS.

A pesquisa da equipe coordenada por José Angelo Zuanazzi, da Faculdade de Farmácia e coordenador de Inovação do INCT BioNat, iniciada em 2004, permitiu o isolamento do alcaloide montanina, presente em uma planta, e teve sequência com a identificação da atividade anti-inflamatória dessa substância. Em seguida, o grupo articulou-se com pesquisadores da Faculdade de Medicina do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do esforço conjunto resultaram o depósito de patente (2013) e o licenciamento por uma empresa (2015) para colocação no mercado do medicamento.

Seminário em Brasília registra evolução dos INCTs

Com o objetivo de avaliar e divulgar os projetos desenvolvidos pelos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, INCTs, o CNPq realizou, em Brasília, de 19 a 21, Seminário que reuniu representantes dos 105 participantes do programa. Parte da agenda do encontro foi dedicada a apresentações, de 30 minutos, que cada INCT fez de suas atividades.

O INCT BioNat participou do evento com a presença dos coordenadores Vanderlan da Silva Bolzani, Leticia Costa-Lotufo e José Ângelo Zuanazzi. Para o presidente do CNPq, João Luiz Azevedo, o Seminário foi importante, não só para acompanhar e avaliar os INCTS, mas também para “dar transparência ao uso dos investimentos públicos em ciência e tecnologia e inovação permitindo o monitoramento de como esses recursos estão sendo usados por parte da sociedade”.

Criado em 2008, o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia mantém em operação 105 grandes projetos de pesquisa em rede, com investimentos de cerca de R$ 700 milhões. Em seu conjunto o Programa realiza pesquisas em diversas áreas, entre elas o melhoramento genético de cultivares, como café e citrus, análises da poluição de ar e água, produção e uso de biocombustíveis, exploração de petróleo, gás e carvão mineral, diagnósticos e tratamento de doenças, desenvolvimento de fármacos, biofármacos e imunobiológicos.

Com informações do site do CNPq.

Diagnóstico: como estimular o debate nacional sobre a biodiversidade

Uma nova forma de olhar para a biodiversidade brasileira e tratá-la como uma solução para os problemas do país. Esta é a proposta de um dos mais amplos estudos já realizados sobre o tema: o 1º Diagnóstico Brasileiro para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos elaborado ao longo de 2018 e 2019 por um grupo de cerca de 80 cientistas. O projeto abrange também um conjunto de relatórios que tratam de mudanças climáticas, conservação da água, restauração de paisagens e polinização.

O Sumário para Tomadores de Decisão, que resume os pontos principais do Diagnóstico pode ser acessado no site da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES).
O resumo é dividido em 5 capítulos, 1) Apresentação; 2) Natureza e qualidade de vida; 3) Tendências e impactos dos vetores de degradação e restauração da biodiversidade; 4) Interações atuais e futuras entre natureza e sociedade; e 5) Opções de governança e tomada de decisão através de escalas e setores.

O item 4 traz uma avaliação sugestiva para a comunidade científica: “Há uma deficiência na comunicação entre a ciência e a sociedade. É preciso aprimorar esse processo estabelecendo um fluxo efetivo que torne a comunicação inclusiva e representativa, alcançando os tomadores de decisão públicos,” nota o documento. Observa também que “Os financiadores públicos e privados de pesquisa no Brasil devem ser mais ativos na indução da ciência transdisciplinar, que envolva tomadores de decisão e outros atores desde a sua concepção, para a solução de problemas”.